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terça-feira, 26 de abril de 2011

Os escravos do intelecto II

Todos nós, de uma forma ou de outra somos demasiado mentais, passamos os dias com diálogos interiores desenvolvidos pela mente, a racionalizar tudo e mais alguma coisa e acabamos por ficar densos, como se andássemos com um pedaço de chumbo sobre a cabeça.
Ao longo do tempo vamo-nos tornando pessoas muito mentais e com pouco coração, escondidos atrás de gigantescos muros de padrões e conceitos mentais, os pensamentos não passam pelo filtro do coração, fazendo com que nos tornemos reactivos e agressivos. Isto cria sentimentos de depressão, ambiguidade, desconforto, inadaptabilidade, vazio interior e pessimismo.
Isto leva-nos a ficar conectados com a “lunaridade” psíquica que cria um peso, fazendo com que nos sintamos “escuros”, porque a mente é um véu negro sobre a luz do coração.
Acabamos por nos assemelhar a máquinas, verdadeiros autómatos, frios, mecânicos, calculistas e embrutecidos porque nos tornamos escravos do intelecto.
Apesar de tudo o coração/essência acaba sempre por encontrar uma forma de se expressar, mas imediatamente o calamos, não o queremos ouvir porque a sua voz e poderosa que põe tudo a nu e nos deixa impactados em laivos de verdadeira consciência (que nada tem a ver com a mente) e vemos as coisas que poderíamos ter feito e não fizemos, as coisas que fizemos e não deveríamos ter feito. É então que sentimos uma opressão no peito, o desespero toma conta de nós porque não somos aquilo que poderíamos ser e pelos motivos mais variados.
No dia em que nada sentirmos perante o nosso próprio egocentrismo, é porque a luz da Essência se apagou.

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