
A bonita, contemplativa e inspiradora Kuan Yin (ou Guan Yin) representa a face feminina de Buddha, muito embora se desconheça qualquer relação entre ambos.
A origem de Kuan Yin (aquela que considera, escuta e vigia as lamentações do mundo) não é muito clara, mas algures li que esta era uma princesa, a qual queria tornar-se Buda (o qual era o seu destino), mas todos os mestres que visitava lhe diziam que para se tornar uma iluminada ela tinha de reencarnar como homem (porque a mulher era vista como destabilizadora e provocadora de tentação e as sociedades antigas eram altamente patriarcais) todavia ela recusou, haveria de tornar-se Buda, mesmo sendo mulher.
Ela conseguiu cumprir o seu destino, apesar das limitações que lhe foram impostas (sendo por isso motivo de inspiração) e converteu-se em Kuan Yin, a Senhora do Karma e da compaixão.
É também considerada a personificação do aspecto Yin da Criação, a Mãe Divina que ama incondicionalmente todos os seus filhos, apesar dos seus erros e falhas.
Enquanto face da Grande Mãe ela representa a Mãe orientadora que ampara e ajuda o filho no seu desenvolvimento interior e o impulsiona para encontrar o melhor de si mesmo e partilha-lo.
Kuan Yin representa o ideal de feminilidade no oriente, sendo descrita como uma mulher esbelta que enverga um manto branco. Na sua mão esquerda tem um lótus branco, símbolo da pureza. A sua cabeça está coberta por um véu ou uma coroa em forma de lótus, a qual representa a abertura do Chakra da Coroa. A concha também é um dos seus símbolos, representando o elemento água e a Yoni. Ela é também retratada cheia de ornamentos ou como uma Dakini (dançarina) como A Deusa Tara.
É também conhecida como uma das grandes mestras ascensas , a qual detém o título de “Deusa da Misericórdia” porque personifica as seguintes qualidades divinas: misericórdia, compaixão e perdão.
Diz-se que Ela não atingiu o Nirvana porque decidiu esperar e ajudar todos os seres sencientes a tornarem-se iluminados.
As mulheres que se encontram sobre a influência deste arquétipo são Mães, não porque já têm filhos, mas porque tendem a ser mães de todos, gostam de cuidar, ajudar, orientar. São doces, calmas compreensivas, embora disciplinadas e disciplinadoras, pois gostam de ordem (porque Kuan Yin é a senhora do Karma).
Quando Ela surge nas nossas vidas é porque precisamos de desenvolver a virtude da compaixão e a inteligência emocional. È preciso meditar, aquietar e disciplinar a mente. Inspira-nos a aceitar as nossas falhas e a dos nossos semelhantes, a sermos compassivos e pacientes, convida à não identificação egoica, à transcendência , ascensão e despertar da consciência apesar de todas as dificuldades que possam surgir.
Rege as mães e pais, psicólogos e guias espirituais.
Pode ser invocada para trabalhos de cura karmica, transmutação, perdão, tendências perfeccionistas e maledicentes.
Elemento: Àgua
Chakra: Coroa
Cores: Branco, Rosa, Verde, Dourado
Cristal: Quartzo Branco, rosa e ametista
Animais: Dragão e Búfalo Branco
Carta de Tarot: A Temperança
Flores: Flor de Lótus, Lírios e Rosas Brancas ou rosa clarinho
Cultura: Oriental
Virtude: Inteligência Emocional
Representação: A Iluminada
Palavras-chave: Gentileza e compaixão
Mensagem:" Se a tua capacidade de perdoar não te inclui ainda não aprendeste realmente a perdoar. Se o teu amor não te inclui, ainda não aprendeste o verdadeiro significado do amor, se a tua compaixão não te inclui a ti mesmo, ainda não aprendeste o caminho do teu templo interior."
Desenvolvido por Padma Sundari
Imagem: Kuan Yin Artista: Zeng Hao